quinta-feira, 8 de maio de 2008

Acalanto


Deita, filho
E constrói teu sono
O medo já vem.
Fecha os olhos dos ouvidos
Faz escuro aos ruídos
Amortece o brilho desse som.
Pronto, a angústia gira muda
No longplei sem sulcos
Da noite sem insônia.
Dorme, filho,
Faz silêncio na Amazônia.

Millôr Fernandes

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