"...Se dirá que as estrelas gargalham,
E no entanto o universo está surdo. "
(Boris Pasternak)
sábado, 5 de abril de 2008
Neologismo
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Beijo pouco, falo menos ainda. Mas invento palavras Que traduzem a ternura mais funda E mais cotidiana. Inventei, por exemplo, o verbo teadorar. Intransitivo: Teadoro, Teodora.
Se tenho estrelas? Acho que perdi-as por tantas trilhas onde me apaguei devagar. Paraibana que sou, nasci com sangue forte, mas sofrido. Carrego fardo de ser de Sol, abençoada em lua cheia. Que seja assim, tal qual reza me apóio em poesia e dou forma ao sonho, que nasça na terra fértil do improvável o medo que desafina a gente quando chega a certeza e partem os vagalumes. Que seja então, só o Umbuzeiro e eu, que ainda serei verde aqui por dentro. Mesmo sem estrelas.
André Espínola
André Espínola é o nome de um jovem metido a poeta, nascido na Capital Pernambucana no dia 21/02/1985. Como escritor, publicou Escritos Desesperados e um livreto chamado Poemetos. Como leitor, devora as páginas escritas pelos conterrâneos Manuel Bandeira e João Cabral de Melo Neto, Paulo Leminski, Augusto dos Anjos, Mario Quintana, Manoel de Barros. Entre os internacionais, estão os malditos Charles Baudelaire, Rimbaud, o beat Jack Keouac, os portugueses Fernando Pessoa e José Saramago e o velho safado Charles Bukowski. Enfim, como escritor e leitor, um bêbado e vagabundo, só.
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